quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Geração X e Geração Y



Texto de Roseli Brito

A Sala dos Professores é um local privilegiado para verificação de muitas situações, ela serve também como uma espécie de termômetro de como anda o relacionamento da Equipe com os colegas e dos Professores com os Alunos.

Assim é comum ouvirmos frases saudosistas do tipo: “ no meu tempo aluno não falava assim”, “ na minha época isso não acontecia na sala de aula”. Na verdade o que ocorre é que os tempos são outros, e os jovens também.

A verdade é que o nosso comportamento muda, a sociedade muda, a cultura muda, enfim, o comportamento dos adolescentes também sofrem mudanças.

E foi para entender o comportamento do jovem, que os especialistas em marketing e recursos humanos começaram a buscar respostas. Então categorizaram as gerações no sentido de explicar o que estava acontecendo.

Assim, crianças, jovens e adultos nascidos a partir de 1980 foram denominados como Geração Y. Nós, os nascidos nas décadas de 1960 a 1970 somos chamados de Geração X.

Para que você compreenda melhor, a Geração Y se diferencia porque é formada, fundamentalmente, de jovens nascidos imersos num ambiente virtual, onde tudo é muito rápido, superficial e dinâmico.

Aqui no Brasil, esses jovens são aqueles que cresceram durante os anos 90 à frente do videogame, conviveram com a internet, o computador, o celular e um vasto conjunto de aparatos tecnológicos.

Mas, saber disso em que nos afeta ? Em tudo !!!. Temos de lidar com esta Geração diariamente e é fundamental que saibamos como ela funciona, deste modo poderemos conduzir todo o trabalho pedagógico de modo mais eficaz.

Veja abaixo algumas posturas própria dos jovens desta Geração:

- São Multitarefas: fazem diversas coisas ao mesmo tempo. Estudam, ouvem mp3, escrevem no messenger e vêem TV ao mesmo tempo,

- Organizam-se em comunidades físicas e virtuais: esses adolescentes tem comportamentos coletivos e também tem valores coletivos. Basta ver quantas comunidades no Orkut falam de escolas, professores e outros alunos,

- Valorizam o nível de atualização das informações. Por isso, não basta utilizar vídeos ou acessar a internet como recurso de apoio pedagógico. É preciso que esteja claro que as informações são as mais recentes.

- Relacionam-se com a informação de forma abrangente, mas pouco profunda. São restritivos aos temas que não lhes agradam. A falta de aprofundamento é uma questão série – daí a dificuldade de ler jornais por exemplo,

- Pedem retornos constantes e querem resultados imediatos. Se acham que não estão evoluindo em determinada matéria ou assunto, logo abandonam. Demandam atenção, pois cresceram assim.

- Julgam constantemente – e vão julgar seus professores, também, a todo momento.

- Frequentemente, fogem de suas responsabilidades. Tendem a ficar na casa dos pais e acham que as soluções dos problemas do mundo estão na mão de outras gerações, não nas deles.

- São individualistas, mas não necessariamente egoístas. Costumam ser empáticos, pois estão habituados à vida em comunidade.

Já a Geração X, que é a geração que está ministrando aulas, faz tudo conforme sua visão de mundo, sempre solicitando que o jovem se enquadre em situações que não são as situações vivenciadas por eles, daí os famosos conflitos dentro da sala de aula.

A nossa Geração, denominada de X, não transita naturalmente neste mundo digital, somos como estrangeiros, e por esta razão precisamos aprender a caminhar nesse “novo mundo” em que os jovens são cidadãos.

A Geração X foi escolarizada dentro de um modelo pedagógico tradicional, que prima pela passividade, e por esta razão reproduz este mesmo modelo com as novas gerações, provocando assim os famosos  conflitos de relacionamento, que nada mais são que um descompasso de linguagem e postura entre as duas gerações.


Desmotivação dos Jovens:

Levando em consideração esta enorme diferença entre as Gerações, daquela que dá aula, e aquela que assiste às aulas, fica claro que os conflitos existirão em maior escala dentro da Escola, porém a causa mais grave deste choque de gerações, é a desmotivação dos jovens que se vêem desconectados do mundo da sala de aula e totalmente conectados com o mundo lá fora.

Como resolver isso ? O Professor precisa conhecer como esta nova geração pensa e age, e depois buscar novas práticas de ensino que estejam em consonância com este público. Lembre-se: o Professor não prepara a aula para si próprio, as aulas são preparadas para que o ALUNO aprenda.

Devemos ensinar não do jeito que é mais fácil para nós, e sim  do jeito que o aluno possa aprender mais e melhor. Quais adequações e ajustes você já poderá fazer para diminuir esse choque de gerações nas suas aulas ? Comente no blog.


Para saber mais acesse o  Curso Práticas de Ensino.

Fonte: sosprofessor.com.br

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

As crianças fazem as leis


Vejam abaixo como as crianças da Escola da Ponte em Portugal resolvem seus próprios problemas sobre indisciplina dentro do colégio:
Rubem Alves*
A menina me havia advertido: para entender a sua escola eu teria de me esquecer de tudo o que eu sabia sobre as outras escolas… Lembrei-me da pedagogia de Ricardo Reis: “…tendo as crianças por nossas mestras…”. E ali estava eu, um velho, aprendendo de uma criança!
Quis aprender um pouco mais. Perguntei: “Vocês não têm problemas de disciplina? Não há, entre vocês, os valentões que há em todas as escolas, que agridem, ofendem, ameaçam e amedrontam?”
“Ah”, ela me respondeu. “Temos sim. Mas para esses casos temos o tribunal…”
“Tribunal?”, perguntei curioso. Mais uma coisa que eu nunca vira em escolas!
Ela então me explicou: “As leis de nossa escola foram estabelecidas por nós mesmos, alunos. Temos então de zelar para que essas leis sejam cumpridas. A responsabilidade com o cumprimento das leis é nossa e não dos professores e do diretor. Somos nós, e não eles, que temos de tomar as providências para que a vida da escola não seja perturbada. Quando um aluno se torna um problema ele é levado a um tribunal –tribunal mesmo, com juiz, advogado de defesa, advogado de acusação– e é julgado. E a comunidade de alunos toma a decisão cabível”.
Voltei à Escola da Ponte um ano depois e fui informado de que o tribunal deixara de existir. A razão? Um aluno terrível fora levado a julgamento. O juiz –não me lembro se menina ou menino– nomeou o advogado de acusação, e o réu nomeou seu próprio advogado. No dia marcado, reunidos os alunos, o advogado de acusação proferiu a sua peça, tudo de mau que aquele menino havia feito. O diretor, que apenas assistia à sessão, relatou-me sua impressão: “O réu estava perdido. A peça acusatória era arrasadora…”
Chegou a vez do advogado da defesa que ficou mudo e não conseguiu falar. A presidência do tribunal nomeou então um advogado ad hoc, uma menina que teve de improvisar. E essa foi sua linha de argumentação:
“Vocês são todos religiosos, vão ao catecismo e aprendem as coisas da igreja. Vocês aprenderam que quando alguém está em dificuldades é preciso ajudá-lo. Todos vocês sabiam que o nosso colega estava em dificuldades. Precisava ser ajudado. Eu gostaria de saber o que foi que vocês, que aqui estão assentados como júri para proferir a sentença, fizeram para ajudar nosso colega…” Seguiu-se um silêncio profundo. Ninguém disse nada.
A menina continuou: “Então vocês, que nada fizeram para ajudar esse colega, agora comparecem a esse julgamento com pedras na mão, prontos a apedrejá-lo?”
Com essa pergunta, o tribunal se dissolveu porque perceberam que todos, inclusive o juiz e o advogado de acusação, eram culpados. Como é que estão resolvendo agora o problema da indisciplina e da violência?
Criaram um novo sistema, inspirado numa história da escritora Sophia Mello de Breyner Andressen que conta de uma fada –acho que o seu nome era Oriana– que vivia para ajudar crianças em dificuldades. Como funciona? É simples. Quando um aluno começa a apresentar comportamento agressivo forma-se um pequeno grupo de “fadas Orianas” para impedir que a agressão e a violência aconteçam. Pelo que me foi relatado, as fadas Orianas têm tido resultados muito bons. Quem sabe coisa parecida poderia funcionar com os bullies que infernizam a vida dos mais fracos nas escolas…
* Rubem Alves é educador, escritor, psicanalista e professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
E aí, pessoal? O que acharam do episódio da Escola da Ponte? 

Fonte:

4 dicas para despertar o espírito empreendedor no seu filho(a)

Como despertar nas crianças características empreendedoras? Vejam abaixo a tradução que foi feita pelo site conexaozuggi.com.br de um texto do site norte-americano Mashable:

Jim Aberman é fundador e CEO de Jim Marketing Company Aberman e pai de Rich Aberman, empresário e fundador da WePay.
Você provavelmente já leu notícias sobre jovens empreendedores que abriram suas próprias empresas e conseguiram levantar milhões de dólares em fundos de investimento. Para os pais que sonham que seus filhos sejam empresários de sucesso, esses artigos reforçam ainda mais o estereótipo ambicioso de que seus filhos um dia poderão se tornar milionários do mundo pontocom. Embora a promessa de fama e fortuna seja sedutora, uma questão permanece: “é correto os pais criarem um filho para ser um empreendedor, e por que eles fariam isso?”
Acho que a resposta é não. Por definição, o caminho para se tornar um “profissional” é mais estruturado do que o caminho para se tornar um “empreendedor”. Se você quiser se tornar um médico, por exemplo, você deve tirar boas notas na escola e vencer um vestibular muito concorrido. Se quiser se tornar um grande economista, você deve estudar muita durante a faculdade para conseguir um bom estágio. Como não há um caminho estruturado para se tornar um empreendedor, é difícil colocar seu filho no caminho certo. Acredito, no entanto, que existem qualidades e características que você pode despertar em seu filho ao longo de sua juventude, que vai ajudá-lo a se preparar melhor para o incerto, para o emocionalmente desgastante, para a decisão economicamente irracional e para o estatisticamente condenado mundo de um empreendedor de Internet.
Meu filho, Rich Aberman, foi recentemente listado como um dos melhores jovens empreendedores de tecnologia com menos de 30 anos pela revista Businessweek. Quando ele me disse há três anos que iria abandonar a faculdade de Direito para abrir uma empresa de pagamentos online – WePay – Eu pensei que ele estava louco. E, num primeiro momento, eu era contra a decisão. No entanto, acredito que eu o preparei para os desafios que ele enfrentou e certamente o orientaram a  alcançar seu pleno potencial empreendedor. Eu acho que algumas crianças nascem com esse desejo natural de se aventurar fora do caminho comum e passam a construir coisas do zero, mas cabe aos pais estimular e reforçar essas tendências e, simultaneamente, proporcionar as melhores orientações para a vida adulta que todas as crianças deveriam ter.
A seguir estão algumas dicas que funcionaram para mim:
1. Permita que eles descubram suas paixões
Os pais muitas vezes  programam até o último minuto a agenda dos filhos com aulas, atividades físicas e outros afazeres. É importante dar às crianças a oportunidade e a responsabilidade de escolher o que eles querem fazer para que explorem suas paixões. Quando Rich estava no Ensino Fundamental, ele fazia parte da equipe de debate e da equipe de matemática. Quando ele me disse que não queria mais participar da equipe de debate para manter o foco na de matemática, eu confesso que fiquei chateado. Pensei que ele estava fazendo um grande trabalho participando de ambos e queria que ele tivesse conhecimento sobre as duas áreas. Em retrospecto, percebo que manter o foco e tomar decisões é um elemento chave no sucesso de seus empreendimentos empresariais hoje.
2. Desafie
Como pais, temos a responsabilidade de desafiar nossos filhos a atingir seu pleno potencial. Quando o Rich entrou no ensino médio, eu marquei reuniões com o diretor e com o orientador pedagógico para apresentá-lo aos melhores alunos de cada turma para que eles dessem orientações de estudo a Rich. Foi provavelmente muito estranho para ele e tenho a certeza de que eu saí da escola parecendo um pai louco e muito preocupado com o futuro do meu filho. Mas eu queria deixar claro para o Rich que ele tinha a responsabilidade de ser extremamente competente nos estudos, uma vez que ambos sabiam que ele era capaz disso.
3. Dê o exemplo
Eu comecei o meu próprio negócio e pensei que era muito importante que Rich me acompanhasse. Levei-o a viagens de negócios e o apresentei a outros empresários de sucesso que compartilharam suas experiências com ele. Mas eu nunca o protegi dos desafios e da ansiedade que vêm junto com começar algo do zero. Na verdade, essa é uma das razões pelas quais eu originalmente queria que ele se tornasse um “profissional” em vez de um empreendedor.
4. Não ensine pelo medo
Eu nunca fui punitivo. Claro,  sempre apontei o que estava errado,  e incentivei realizações positivas. Empresários precisam acreditar que podem fazer qualquer coisa, e, obviamente, eles não podem ser avessos aos riscos – para isso é que existem os advogados e contadores.
Grandes empreendedores não nascem de um desejo de serem ricos ou de se tornarem famosos. Eles simplesmente não conseguem se imaginar fazendo outra coisa. Construir algo novo é a única coisa que pode torná-los felizes. Nós pais deveríamos ser realistas para orientar nossos filhos sobre os desafios do empreendedorismo, permitindo que eles sigam suas paixões e despertem o pleno potencial de empreendedores que possuem dentro de si.

Fonte:

Foto:

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Educação e as redes sociais


Muitos educadores às vezes acham que ter um blog ou uma rede social é sinônimo de perda de tempo. Na verdade, estar familiarizado com ferramentas de interatividade online é mais uma forma de prender a atenção dos alunos.
Sabe-se que os métodos ensinados dentro da sala de aula têm comprovada importância para o aprendizado, contudo a transmissão de conhecimento por meio de blogs e redes sociais pode vir a complementá-lo de uma forma divertida e muito eficaz.





Se você não sabe como criar um blog, veja o vídeo:


Fonte: conexaozuggi.com.br

Como incentivar a leitura dentro de casa e na sala de aula

Adquirir o hábito da leitura é fundamental para escrever bem, ter censo crítico e aumentar o vocabulário. Mas como fazer com que as crianças passem a gostar de ler desde pequenas e levem esse hábito por toda a vida?
Com certeza não é tarefa das mais simples em vista da grande quantidade de aparatos tecnológicos que, por vezes, atraem mais a atenção delas do que os livros. Contudo, há algumas dicas dadas por pedagogos que podem ajudar nessa tarefa:
Dentro de casa
É importante que as crianças tenham contato com os livros mesmo antes de serem alfabetizadas. Livros com figuras, sons e imagens em 3D ajudam muito. É aconselhado reservar um espaço na casa para que elas possam pegar os livros, sentar e começar a folheá-los. Deixe que elas se divirtam e percebam que observar as gravuras pode ser divertido.
Procure sempre ler uma historinha para elas antes de dormir. A atividade irá despertar a curiosidade, pois descobrirão um mundo diferente do delas. Ao mesmo tempo, elas terão vontade de aprender a ler para também contar histórias a seus amigos e familiares.
Filhos têm o costume de imitar os pais. Se estes são leitores assíduos, há grandes chances de que os filhos também sejam. Portanto, para transmitir o hábito da leitura, é importante adquiri-lo primeiro.
 Na escola
O primeiro passo  é ter uma biblioteca diversificada e confortável para os alunos. E o mais importante é reservar um espaço na grade curricular para a leitura. Assim como em casa, na escola as crianças também devem manter o máximo possível de contato com as histórias infantis.
É importante aproveitar as excursões e passeios escolares para estimular a leitura. O objetivo é relacionar uma atividade extracurricular – que normalmente os alunos apreciam – com a leitura. Antes de ir ao zoológico, por exemplo, é interessante que os alunos tenham contato com livros sobre animais. O mesmo pode ser feito com relação a museus e observatórios.
Professores que estimulam a leitura são fundamentais para transmitir o hábito aos alunos. Umas das formas para isso é contar a história de um livro e depois propor um exercício em sala como teatro de fantoches, brincadeiras e desenhos relacionados com a história. Os alunos passarão a ver os livros como um divertimento e não como uma tarefa meramente escolar e obrigatória.
 Conclusão
Apesar dos videogames, jogos eletrônicos e tablets da modernidade, há ainda muito espaço para os livros na vida da criançada. Se a leitura for estimulada corretamente e desde cedo, ela será uma atividade prazerosa e rotineira, que ocupará grande parte do tempo da criança sem que isso seja uma imposição dos pais ou professores.
A leitura inspira as crianças
Pessoal, vejam também o vídeo muito criativo da fundação Indigo love of reading sobre a importância da leitura na infância:


Fonte: conexaozuggi.com.br

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...