Será que a rotina de estudo do seu filho está adequado garantindo uma vida equilibrada e saudável. Esta publicação no site Uol Educação, aborda o tema de forma interessante.
EDUCARE
Esse cenário é trivial à grande maioria das pessoas, adultos e jovens,
parece ter no esporte competitivo e, por conseguinte a vida de atleta,
um simulacro da própria vida. Treinamento, dedicação, desempenho,
competitividade, exigência, desgaste e outros tantos termos peculiares
ao esporte, são frequentemente incorporados em nosso dia a dia.
Neste texto vamos abordar em destaque,
como as crianças podem se adaptar melhor a essa característica da vida
atual. Não é preciso pensar muito para saber que muitas crianças, por
volta dos oito anos de idade, já estão mergulhadas, literalmente, em uma
rotina bastante exigente: escola em pelo menos um dos turnos do dia,
prática de um ou dois esportes por semana (isso significa quatro treinos
por semana em média), duas ou mais aulas de idioma estrangeiro no mesmo
período, acompanhadas por outra atividade, como música ou outra
atividade.
Se essa dita pressão de uma rotina
repleta de atividades parece ser a tendência do comportamento atual,
então nos resta aprender como prepararmos (crianças e adultos) para uma
vida adaptável e saudável.
Primeiramente, é preciso reconhecer que
atividades intelectuais, culturais e esportivas, quando permeadas em um
ambiente capaz de gerar segurança e alegria para as crianças, são
positivas em suas vidas. Regular essas atividades de modo que as
características lúdicas de satisfação, funcionalidade (e aqui a
infraestrutura e a qualidade profissional são pré-requisitos) e
espontaneidade sejam garantidas, é primordial para que possamos usufruir
dessa intensa rotina.
Quando pais reclamam que a rotina dos filhos está repleta de atividades, eu costumo sugerir:
Três perguntas essenciais
1ª Essa é a mesma percepção que eles têm?
2ª Eles conseguem ter algum tempo livre para brincarem?
3ª Se eles não estivessem em algumas dessas atividades o que eles estariam fazendo?
Se as crianças, não se sentem
demasiadamente cansadas e estão felizes no dia a dia, se conseguem
brincar livremente por algum tempo, se não há nada pra fazer na ausência
de uma ou outra atividade, então é bem melhor investir na qualidade
dessas atividades e ajudar as crianças a se desenvolverem.
O que precisamos fazer é estabelecer
regras para que possamos equilibrar as exigências (tarefas) com as
habilidades (cognitivas, físicas e emocionais) das crianças. Ou seja, há
crianças com grandes habilidades linguísticas, nesse ponto não há
problemas em estudar um idioma estrangeiro mais intensamente ou às vezes
dois idiomas ao mesmo tempo.
Se ela (a criança) tem uma habilidade padrão, o ensino clássico de dois encontros por semana não é nada de excessivo.
Se a criança tem um ótimo vigor físico e
adora esportes, pode perfeitamente praticar dois ou até mesmo três
esportes por semana, desde que cada encontro não tenha carga física
exagerada (acima de uma hora de exercícios). Se a criança não tem esse
referido vigor, talvez uma ou outra atividade esportiva já seja o ideal.
E por fim equacionar as tarefas com as
habilidades emocionais. Algumas crianças se sentem bem em serem
desafiadas, gostam de provar o quanto são capazes e não se desgastam
emocionalmente com a rotina de conviver com algum nível de tensão.
Se a criança não é muito encantada com
as mais diferentes emoções advindas do esporte, é fundamental que o
esporte tenha uma exigência emocional suave e regule muito bem a
quantidade de participações em competições. Muitas crianças gostam de
vivenciar o esporte (treinar, por exemplo) e não curtem competir.
Assim sendo, ao equacionar desafio e habilidade, damos um grande passo para que a criança crie um mecanismo tanto físico quanto psíquico que fará com que ela tenha um ótimo dinamismo para manter a operacionalidade das atividades em um alto nível de regulação, seja físico, intelectual e emocional.
Assim sendo, ao equacionar desafio e habilidade, damos um grande passo para que a criança crie um mecanismo tanto físico quanto psíquico que fará com que ela tenha um ótimo dinamismo para manter a operacionalidade das atividades em um alto nível de regulação, seja físico, intelectual e emocional.
Além disso, com o passar do tempo, a
criança se tornará mais resistente e repleta de habilidades, fazendo com
que sinta sua rotina como algo controlável e que em todo desafio uma
positiva percepção de controle invadirá sua mente.
Caso contrário, se não houver essa
preocupação com o que está escrito acima e lançarmos as crianças
impulsivamente em uma rotina repleta de atividades, as mesmas se
sentirão sem controle em quase todas as atividades e terão uma rotina de
preocupação, medo e alta ansiedade.
Por fim, administrar essa nova realidade
que pode ser tensa (estressante) ou não! É antes de tudo, preparar as
crianças para atividades positivas, com bom senso, carinho e ensiná-las a
dormir cedo para descansar bastante.
Fonte: Site Uol
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